Nada como uma andorinha a riscar de negro para abrir o céu no meu sorriso. As coisas mais simples desta vidinha. Foi vê-la e plantou-se um bom-humor que ninguém há-de arrancar. Tentem pôr-me cheia de não-presta e solto os cães. Não há frio ou mar de chuva que hoje caia que endureça o calor que me derrete por dentro e o amor que sinto pela cidade, pelos olhos que alcançam as cores, o nariz que diferencia os cheiros bons e maus, tudo o que me rodeia e me faz gente. Logo mais quando pegar no lápis e disser com palavras felicidade, hei-de mordiscar a ponta e recordar de novo o traço da memória, a negro, para sublinhar a diferença do dia bom.