Passou o Natal e o Velho está mesmo a dar as últimas. Não fico com saudades. Há sempre a expectativa de que o futuro traga a novidade e esta, sabe-se lá porquê - eu pelo menos sinto - é uma mudança, e mudar é sempre bom. Tomara que mude o governo e que lhes caiam as pernas, já ninguém aguenta tanto aperto, tanto pedido, tanta fome de boa-vontade, tanto acreditar que desta é que é.
Continuo a acreditar na minha matilha. Se tudo em paz, estão tranquilos; Se ameaçados, atacam para protegerem os seus.
Não é assim, também com a dita sociedade civilizada?
Porque é que o tempo agora passa mais rápido do que quando eu era pequenina? Devía ser ao contrário: Se era criança, o tempo devía ter uma medida pequena, agora que já sou crescida deverá ter um tamanho acrescentado.
Pergunto-me se esta questão do tempo não será como a idade dos meus cães... Sempre a multiplicar por 7. Cada vez mais rápido, mais consumido, menos apreciado.
Ou para mim, para a minha medida, por 7 anos de azar. Que menos tempo terei de estar com eles.