É imperioso que se faça alguma coisa pelo Direitos dos Animais.
Digo, a nível de Governo.
Pelo menos que nos ponhamos ao alcance dos Países Estados Membros onde a defesa dos Direitos dos Animais é um assunto concreto e discutido no Parlamento, com leis assinadas e penas a cumprir para aqueles que violam, maltratam ou não observam a legislatura em vigor.
Não podemos continuar a encher a boca para dizer que somos um País comunitário, adoptarmos as mesmas medidas de rigor dos outros e quanto aos animais somos uns bárbaros ou viramos a tromba para o lado.
Pensava eu - como gosto de dar umas penadas na caneta - que o Cuidado com o cão, iría ser um espaço dedicado, trabalhado, diligente. Nada mais falso.
Ou não tenho tempo. Ou não tenho vontade. Ou não tenho sobre o que falar. Ou não tenho veia.
E há vezes que é tudo junto.
E sendo tudo isto, fico furiosa e o botão do delete já foi afagado algumas vezes sob risco de ir tudo para o espaço.
Depois, reconsidero e sendo o que é, deixo-o estar.
Afinal, não é nenhuma incumbência de estado e o estado em que está não afecta ninguém, a bem-dizer nem a mim, pelo que vai sendo alimentado à medida da minha fome ou correctamente falando, digo, escrevendo, consoante me apetece aqui vir por os cães à solta.
Há descaramentos para tudo. Até para entrar na propriedade alheia e desatar a destruir o que não é do próprio.
Como se já não bastasse a merda que esguicham nos muros das casas aqui do bairro e que obrigam a todos andarem a pintar ou a caiar, de quando em vez, ainda há o desplante, de uns quantos meliantes, entrarem dentro dos jardins privados de cada um e arrancarem desde flores dos canteiros até frutos das árvores.
E o prazer do estrago é que se dedicam a estropiar a fruta ainda verde, nada própria para consumo, coisa que só atrasados mentais fazem.
Abrem portões e cá vai disto.
Experimentem fazer isso no meu terreno. Os cães dizem-vos o que é bom para a tosse.