Correu todo o ano e a vontade de gastar um pingo de tinta que fosse foi nenhuma.
Suponho que me distanciei do meu objectivo.
A morte de um dos meus amigos, não um humano, mas um amigo leal e do qual sabia com o que podia contar levou a que me isolasse também da minha matilha. Puno-me por isso, embora não o tivesse feito de forma consciente. Creio mesmo que procedi como eles, tentei curar a minha dor fora do grupo para não o enfraquecer.
A entrada de um novo cão trouxe outra dinâmica e a minha tristeza teve obrigatoriamente de ser posta em segundo plano para prover aos que contam comigo.
Cada dia que passa sinto-me mais longe das pessoas e menos gosto delas.
Cada dia que passa mais gosto dos meus cães.
 

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