As pequenas flores da árvore da vizinha já tombaram quase todas, agora existem nós verdes escuros ou muito claros a despontarem das ramadas. No chão, um círculo rosa alaga-se no cemitério das flores e ainda assim nesse estado, não deixa de me encantar no contraste com os tons da terra ou dos cinzentos da estrada, do passeio de calçada portuguesa para onde esvoaçaram espreitando os limites da propriedade.
Tenho andado atenta ao crescimento da árvore, à minha paz, ao meu reencontro com as pequenas coisas que me trazem sossego.
Os cães farejam-me as mãos, lambem os dedos, abanam as caudas felizes do achado, eles melhor e primeiro sentem onde estou.
 

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